Internet via satélite ajuda a transformar filha de cacauicultores em empresária premiada

Com o serviço da HughesNet instalado na pequena propriedade dos pais, em Iguaí, Josiane Luz acompanha o processo de produção do cacau fino que deu origem à sua marca de chocolate artesanal




Filha de uma família de produtores de cacau de Iguaí, região típica do plantio do fruto no interior da Bahia, Josiane Luz surpreende ao dizer “nunca ganhei ovo de Páscoa quando criança, meus pais não tinham condições”. Apesar de a família produzir a matéria-prima do chocolate na fazenda em que morava, Josiane explica: “Cresci com meu pai dizendo que cacau só dava prejuízo e que o lucro do chocolate industrializado não chegava ao produtor”.

A história começou a mudar em 2019 quando, em uma viagem a trabalho por uma empresa de cosméticos à Madrid, Josiane descobriu que o melhor chocolate de uma conceituada loja era produzido no Brasil por uma brasileira. “Voltei determinada a pesquisar o que era chocolate de qualidade e se era possível obter esses grãos na fazenda do meu pai”, conta.

Após estudar e se especializar no assunto, viu que o cacau convencional cultivado na fazenda do pai poderia ser transformado em cacau fino, adequando os métodos de cultivo, colheita, fermentação e secagem. Com a mudança na produção, a arroba do fruto, até então comercializada por R$ 200, passou a valer cerca de R$ 800.

Apesar da valorização do fruto, Josiane suspendeu a venda dos grãos como matéria-prima para a indústria, abandonou a carreira de gerente na empresa de cosméticos e decidiu utilizar o cacau fino cultivado pelo pai para produzir seu próprio chocolate. Em Iguaí, o pai realiza o cultivo, a colheita e seleção dos frutos, e então finaliza sua parte no processo com a fermentação e secagem dos grãos. Já secos, esses grãos são enviados para a fábrica de Josiane, em São Paulo, onde acontecem os processos de torra dos grãos, separação das cascas, moagem, conchagem, temperagem e, então, a moldagem e finalização do chocolate.

Conectividade

Josiane participou da colheita dos grãos na propriedade em Iguaí, mas o retorno para casa em São Paulo exigiu a necessidade de acompanhar à distância o processo fino de produção. “A comunicação com minha família era muito difícil, não havia sinal de internet na fazenda e, em dias de chuva, nem o telefone funcionava”, explica.

A solução para a falta de conectividade veio quando descobriu a HughesNet, serviço de internet via satélite da Hughes do Brasil, subsidiária da Hughes Network Systems LCC (HUGHES). “Meus pais nunca haviam tido contato com internet, era tudo muito novo”, declara.

Uma vez conectados, pai, mãe e filha conseguiram acompanhar juntos e em tempo real todos os testes de produção, incluindo a importante “prova do corte”, que determina o nível de fermentação, a coloração das amêndoas e eventuais defeitos, como mofo, insetos e germinadas. “A todo momento eu pedia que enviassem fotos e vídeos”, conta Josiane.

Para transformar o cacau em chocolate, Josiane importou dos Estados Unidos uma máquina para refinar os grãos do cacau fino cultivado pelo pai, que seguem da Bahia direto para o bairro do Grajaú, periferia de São Paulo, onde Josiane montou sua fábrica de chocolates. “Eu já morava em São Paulo quando decidi transformar o cacau do meu pai em chocolate, então parte do processo ele faz lá na fazenda e me envia a matéria-prima para eu trabalhar aqui. É um trabalho de equipe, em família, tudo através da internet”.

Luzz Cacau

 A marca hoje atua com seis categorias de chocolate, com destaque para o chocolate ao leite com 52% cacau, premiado no ano passado no Bean to Bar Brasil, um dos prêmios mais conceituados do país. Josiane se prepara agora para receber a premiação da Chocolate Academy de Londres, competição da qual sua iguaria já é uma das finalistas entre 5,8 mil produtos.

Comercializado pelo site e em mais de 70 pontos de vendas espalhados pelo Brasil, a Luzz Cacau realizou, no início deste ano, a primeira exportação para o Canadá. Para ampliar a produção, Josiane projeta agora atuar como consultora, ajudando familiares e vizinhos na “virada da fazenda”, como é popularmente conhecido o processo de mudar a produção do cacau convencional para o cacau fino. “Vai ter chocolate com origem do cacau da fazenda de meu pai e de outros lugares. Quero que o mundo conheça o cacau fino do Brasil”, planeja.

 

Sobre a Hughes Network Systems

A Hughes Network Systems, LLC (HUGHES), é uma empresa inovadora em tecnologias e redes de satélites e multi-transporte. Fornece equipamentos e serviços de banda larga, serviços gerenciados com rede inteligente definida por software e operação de rede ponta a ponta para milhões de consumidores, empresas, governos e comunidades em todo o mundo. O principal serviço de Internet da Hughes, HughesNet®, conecta mais de 1,5 milhão de assinantes nas Américas, e o sistema Hughes JUPITER™ possibilita acesso à Internet para dezenas de milhões de assinantes em todo o mundo. A Hughes fornece mais da metade do mercado global de terminais de satélite para as principais operadoras de satélite, provedores de serviços de bordo, operadoras de rede móvel e clientes militares. Provedora de serviços de rede gerenciados, a Hughes oferece suporte a quase 500.000 sites corporativos com seu portfólio HughesON™ de soluções com e sem fio. Sediada em Germantown, Maryland, EUA, a Hughes é subsidiária da EchoStar. Para mais informações sobre a Hughes, visite a página http://www.hughes.com.br.

 

Sobre a Echostar
A EchoStar Corporation (Nasdaq: SATS) é um provedor global premium de soluções de comunicação via satélite. Localizada em Englewood, Colorado, EUA, e fazendo negócios em todo o mundo, a EchoStar é pioneira em tecnologias de comunicação segura por meio de suas subsidiárias Hughes Network Systems e EchoStar Satellite Services. Para mais informações, visite http://www.echostar.com.

 

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