Secretário
de Saúde de Unaí visita unidade para conhecer tecnologia que otimiza
atendimentos e melhora a jornada do paciente
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| foto Alberto Ruy |
Nesta segunda-feira (26), a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de Vicente Pires recebeu a visita do secretário de Saúde de
Unaí (MG), José Juliano Espíndula. A comitiva da cidade mineira do entorno do
Distrito Federal veio conhecer de perto o modelo de teleconsulta, implantado na
unidade desde janeiro de 2025 e já em expansão para as demais UPAs do DF.
A equipe conheceu de perto cada detalhe do
processo da teleconsulta desde a retirada da senha no toten até a consulta
online com o médico.
O presidente do Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Cleber Monteiro; acompanhado do
vice-presidente, Rubens de Oliveira Pimentel Jr.; reforçou o protagonismo do
Distrito Federal na modernização da saúde pública.
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| foto Alberto Ruy |
“A UPA de Vicente Pires virou referência
quando o assunto é inovação. A teleconsulta é uma solução que melhora o fluxo,
assiste o paciente, desafoga os atendimentos e garante mais resolutividade para
quem realmente precisa”, destacou.
A chefe do Núcleo de Inovação, Ensino e Saúde
Digital (NUSAD), Amandha Roberta, fez apresentação de como o projeto funciona,
mostrando os detalhes e benefícios do modelo tanto para os pacientes quanto
para a gestão.
“Nosso objetivo é oferecer suporte aos
pacientes classificados como verde, aqueles com menor urgência que, muitas
vezes, não conseguem atendimento imediato nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs)
e acabavam aguardando longos períodos nas emergências”, explicou.
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| foto Alberto Ruy |
A comitiva de Unaí acompanhou cada detalhe da
apresentação, fazendo questionamentos e trocando experiências. Na sequência,
visitaram a sala onde puderam assistir a uma simulação prática de teleconsulta,
observando como ocorre o atendimento remoto, desde a triagem até a consulta
online com o médico, um processo seguro, ágil e resolutivo.
José Juliano também compartilhou a estratégia
adotada em Unaí para desafogar os atendimentos de menor gravidade. “Desde que
assumimos, separamos os pacientes classificados com pulseiras verdes e azuis,
que são casos menos urgentes, e os encaminhamos para outros pontos de
atendimento. Isso evita o inchaço da unidade e garante que os casos mais graves
sejam priorizados”.
O secretário manifestou interesse em adotar o
modelo de teleconsulta na cidade mineira. “O que vimos aqui é extremamente
eficiente. A tecnologia aplicada dessa forma traz benefícios claros tanto para
os pacientes quanto para a gestão. É uma experiência que queremos estudar mais
a fundo e, quem sabe, implementar na nossa rede”, afirmou.
O superintendente das UPAs, Francivaldo Souza,
também ressaltou que o sucesso do modelo está diretamente ligado à gestão
integrada e ao acompanhamento constante dos processos. “A combinação de
tecnologia, capacitação das equipes e monitoramento rigoroso dos indicadores
faz toda a diferença para que esse serviço funcione bem”, pontuou.
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| foto Alberto Ruy |
Como
funciona a teleconsulta na UPA
A UPA de Vicente Pires foi a primeira unidade
do DF a implantar o serviço de teleconsulta, que tem se mostrado eficaz na
triagem e no atendimento de casos de menor gravidade, otimizando recursos e
beneficiando diretamente a população.
Após a triagem presencial e a classificação de
risco, os pacientes identificados com pulseiras verdes, que indicam menor
gravidade, são direcionados para um consultório equipado para teleconsulta. Lá,
um técnico de enfermagem acompanha todo o processo, presta suporte ao paciente,
auxilia no manuseio da tecnologia e garante que eventuais dúvidas sejam
esclarecidas.
“Ao ser classificado como verde, o paciente é
convidado a participar da teleconsulta por meio da assinatura de um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O atendimento ocorre em um ambiente
virtual com total privacidade e escuta ativa, toda solicitação de exames,
emissão de receitas e atestados é feito em formato digital e seguro. A central
de atendimentos, permite um estudo do mapa de calor e atuação remota as regiões
mais necessitadas”, explicou a chefe do Núcleo de Inovação, Ensino e Saúde
Digital do IgesDF, Amandha Roberta.
Além de desafogar as unidades e otimizar os
recursos, o modelo visa proporcionar mais agilidade e qualidade no atendimento.
“Devido à necessidade de priorizar pacientes graves, os classificados como
menor gravidade que, muitas vezes, poderiam ser atendidos nas Unidades Básicas
de Saúde (UBS), acabam aguardando mais tempo para serem atendidos. A
teleconsulta permite um equilíbrio maior na gestão do tempo e dos recursos
disponíveis nas UPAs 24 horas”, acrescentou Cleber Monteiro.
Com resultados altamente positivos, a
expectativa do IgesDF é expandir o modelo de teleconsulta para outras UPAs do
Distrito Federal, consolidando o serviço como uma inovação que melhora a
qualidade do atendimento, amplia o acesso e fortalece a eficiência da saúde
pública.