Especialista em alta performance, o empresário Rafic Junior destaca impacto estratégico da modalidade no fluxo de caixa dos empreendedores
O avanço do PIX parcelado começa a redesenhar o cenário de acesso ao crédito para pequenas e médias empresas no Brasil. A nova modalidade surge como alternativa às linhas tradicionais de financiamento, conhecidas pela burocracia, exigência de garantias e juros elevados, e promete mais agilidade no capital de giro diretamente no ponto de venda.
Segundo Rafic Junior, especialista em alta performance e educação empreendedora, o PIX parcelado representa uma mudança estrutural no sistema de crédito. “Se você ainda acha que crédito para pequenas empresas no Brasil passa obrigatoriamente por burocracia, garantias intermináveis ou juros impagáveis, prepare-se para ver o jogo virar. O PIX parcelado representa uma mudança estrutural brutal no acesso a capital de giro”, afirma.
De acordo com o especialista, o principal diferencial está na velocidade e no menor atrito da operação. “Com ele, o capital vem até o empresário, no ponto de venda, com muito mais agilidade, menos atrito e, potencialmente, menor custo do que linhas tradicionais de crédito”, explica.
Ferramenta de impacto para pequenos negócios
Para Rafic Junior, a nova modalidade vai além de uma inovação financeira e se consolida como instrumento de impacto econômico. “Para nós, que trabalhamos com educação empreendedora, isso é mais do que uma novidade: é uma alavanca de impacto. Significa que um empreendedor pequeno, com caixa apertado, pode fazer compras essenciais de matéria-prima, reforçar estoque ou investir em crescimento sem depender de empréstimos pesados”, destaca.
Ele ressalta que o uso estratégico do PIX parcelado pode contribuir para a saúde financeira do negócio, desde que bem planejado. “É possível investir no crescimento mantendo o fluxo de caixa mais equilibrado, algo que sempre foi um desafio para quem empreende no Brasil.”
Atenção ao planejamento financeiro
Apesar das vantagens, Rafic Junior faz um alerta importante aos empresários. “Não basta aderir, é obrigatório entender o mecanismo. Embora o fornecedor receba à vista, a empresa assume a dívida. Se as parcelas forem mal planejadas, o risco de sufocamento no caixa continua real”, adverte.
Nesse contexto, o especialista reforça que o PIX parcelado não deve ser visto como solução permanente. “A recomendação estratégica é clara: tratar o PIX parcelado como uma ferramenta de capital de giro e alavancagem de curto prazo, não como conforto permanente”, pontua.
Para evitar problemas financeiros, Rafic Júnior orienta que a modalidade seja utilizada de forma tática. “O ideal é usar essa opção para escalar operações pontuais, inverter estoque ou aproveitar oportunidades específicas, sempre com controle rígido do fluxo de caixa, da margem e com disciplina financeira”, conclui.
